Diagnóstico do cancro: Projeto pioneiro na Universidade de Coimbra
A Universidade Coimbra desenvolveu um acelerador de partículas (ciclotrão) que vai permitir o diagnóstico mais rigoroso dos cancros da próstata e do pâncreas.
Esta nova técnica aperfeiçoa a produção do isótopo Gálio-68, fundamental para o diagnóstico daquele tipo de cancros.
O projeto teve um investimento de dois milhões de euros e foi desenvolvido em parceria com a multinacional belga IBA e o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra.
A tecnologia para a produção do referido isótopo e sua transformação em radiofármaco foi desenvolvida exclusivamente pelo ICNAS e a criação de ciclotrões contou com a colaboração da IBA, um dos maiores fabricantes de ciclotrões do mundo.
Logo que o primeiro ciclotrão deste tipo seja validado pela Universidade de Coimbra, a sua produção pela IBA poderá avançar para todo o mundo.
Com cerca de dois metros de altura e largura e 17 toneladas de peso, o acelerador transforma água em Flúor-18 (o isótopo mais utilizado para diagnóstico de cancro) e, a partir de agora, passa a transformar uma solução onde está dissolvido zinco (um elemento estável e presente na natureza) em Gálio-68, um elemento radioativo. É a “alquimia do século XXI”, segundo o coordenador do projeto, Francisco Alves.
A DESCOBERTA PODERÁ MUDAR POR COMPLETO O ACESSO AO DIAGNÓSTICO DOS TUMORES DO PÂNCREAS E DA PRÓSTATA QUE, MUITAS VEZES, NÃO SÃO DETETADOS NOS EXAMES CLÁSSICOS.
É este elemento radioativo que poderá mudar por completo o acesso ao diagnóstico dos tumores do pâncreas e da próstata que, muitas vezes, não são detectados nos exames clássicos e cuja descoberta precoce é muito importante.
Tornar o gálio mais acessível reveste-se da maior importância, já que, como salientou o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, a falta do gálio é um problema global.
Recorde-se que, no ano passado, a Associação Americana de Medicina Nuclear para a agência norte-americana FDA (equivalente à INFARMED), alertou que a solução para a falta desse isótopo poderia estar na Europa, através da tecnologia criada em Coimbra.
15 abril 2019
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