Doentes oncológicos: “As infeções são ainda uma das principais causas de morte”
Numa altura em que o novo coronavírus chegou ao nosso país, o médico Nuno Bonito relembra que as infeções são um dos grandes inimigos dos doentes com cancro

José Fernandes
Os médicos estão particularmente interessados em “perceber as particularidades do doente oncológico, compreender a escalada terapêutica atual e o consequente aumento de infeções associadas, com necessidade de reconhecimento e referenciação precoces”, esclarece Nuno Bonito, médico no IPO de Coimbra e membro da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO). Entre os principais riscos que se colocam aos doentes quanto às suas defesas, conta-se a “imunossupressão conferida quer pela doença quer pelos tratamentos.”
O combate às infeções hospitalares torna-se, por isso, essencial. Segundo Nuno Bonito, “as infeções hospitalares agravam a incapacidade funcional e o stress emocional do doente e podem, em alguns casos, levar a situações que diminuem a qualidade de vida.” O médico nota que “as infeções nosocomiais são ainda uma das principais causas de morte”, adiantando que os “custos económicos a elas associados são consideráveis sendo o prolongamento do internamento o que mais contribui para estes custos.” E adverte: “É necessário termos presente que existe um aumento do número de internamentos, cada vez mais alterações frequentes da imunidade (idade, doenças, terapêuticas) e novos microorganismos com maior padrão de resistência bacteriana aos antibióticos.”
A prevenção desempenha assim um papel prioritário. É preciso “fornecer recomendações racionais e exequíveis mesmo nas instituições com recursos limitados”, considera Nuno Bonito. “A informação poderá auxiliar os profissionais de saúde e outros profissionais prestadores de cuidados, no desenvolvimento inicial de um programa eficaz de controlo de infeção", conclui.
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