Os Especialistas

Portugal regista 3 mil novos casos, por ano, de cancro da cabeça e pescoço

No Dia Mundial do Cancro da Cabeça e Pescoço Ana Joaquim, oncologista e presidente do Grupo de Estudos do Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), explica quais são os sintomas e os principais fatores de risco associados a esta doença
Ana Joaquim

Ana Joaquim

O cancro da cabeça e pescoço atinge mais de 3 mil pessoas, por ano, em Portugal. O sucesso do combate à doença depende muito do momento em que é detetada. Esta quarta-feira assinala-se o Dia Mundial do Cancro da Cabeça e Pescoço.

Quais são os principais sintomas?

Apesar de os números serem expressivos existe ainda pouca consciência deste tipo cancro, nomeadamente as localizações possíveis e o seus primeiros sinais e sintomas. Por esta razão, 60% dos doentes com cancro de cabeça e pescoço são diagnosticados numa fase avançada com uma esperança média de vida de apenas cinco anos. Rouquidão persistente, feridas na boca que não saram ou gânglios do pescoço inchados por um período prolongado são apenas alguns dos sinais.

Tabaco, álcool e HPV como principais fatores de risco

A doença atinge principalmente fumadores ou ex-fumadores e pessoas que consomem álcool de forma excessiva, contudo existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco, como a infeção por vírus do papiloma humano (VPH).

A importância da multidisciplinaridade

Muita vezes, doentes com cancro da cabeça e do pescoço perdem a sua laringe e/ou outros orgãos e, por consequência, surgem alterações em algumas funções vitais como na sua alimentação ou até na própria voz. Os cuidados de suporte - onde o apoio psicológico se inclui - são fulcrais para a adaptação do doente à sua nova condição.

O que falta fazer nesta área?

Mais organização, fluidez durante todo o processo e melhor acompanhamento dos doentes são as principais lacunas identificadas pela especialista Ana Joaquim.

Os Especialistas

Mais