As autoridades britânicas querem reforçar o combate à venda de cigarros eletrónicos ilegais. Uma análise a mais de 50 tipos de vaporizadores mostrou que vários modelos contêm substâncias altamente

aditivas – mesmo quando alegam não ter

nicotina – ultrapassando, em alguns casos,

os limites legais.

O estudo foi realizado pelo Inter Scientific, uma organização que testa analiticamente os produtos para verificar se as regulamentações em vigor estão a ser seguidas. Segundo cita o The Guardian, a análise contou com dezenas de vaporizadores – também conhecidos como vapes – vendidos em várias lojas, localizadas em Inglaterra e

no País de Gales.

As conclusões deste estudo apontam para a venda ilegal de vaporizadores de grande dimensão e com potência elevada. Dos 52 produtos analisados, 73% tinham uma capacidade de tanque (onde se coloca o líquido) acima dos dois mililitros. Desses, 40% chegavam a ter capacidade para cinco mililitros ou mais.

Foram analisados pela Inter Scientific dezenas de vaporizadores que podem ser adquiridas em lojas em Newcastle, Birmingham, Hertfordshire, Staffordshire, Dudley, Liverpool e País de Gales. Em conjunto com o Trading Standards – a entidade britânica de proteção do consumidor –, a Inter Scientific pretende travar a venda de vaporizadores ilegais no Reino Unido.

Nenhum dos produtos analisados pela organização estava listados no regulador britânico de medicação e produtos de saúde (MHRA, na sigla inglesa). Em 2022, foram reportados 40 casos de reação nociva após a utilização de cigarros eletrónicos – o que representa um aumento em relação ao ano anterior.

O Governo britânico disponibilizou três milhões de libras (cerca de 3,4 milhões de euros) para travar a venda ilegal de vaporizadores. Este programa tem como objetivo analisar e testar os produtos à venda, de forma a retirar de circulação os que não respeitem as regras.