Cancro do ovário: cerca

de 600 novos casos por ano em Portugal

A informação de qualidade é a ferramenta mais eficaz e acessível para melhorar o diagnóstico precoce desta doença e, por consequência, o seu prognóstico. Aumentar

o conhecimento sobre o cancro do ovário, sobretudo entre a população feminina, é por isso crucial. Em Portugal são cerca de 600 novos casos por ano e a taxa de sobrevivência de cinco anos é inferior a 50%, até porque é uma doença oncológica em que mais de 75% dos casos são detetados em fase avançada.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Nos estadios iniciais, o cancro do ovário poderá não apresentar muitos sintomas. Os mais frequentes, neste fase, são: sensação de barriga inchada, dores abdominais e cansaço.

Em estadios mais avançados os sintomas mais comuns são os seguintes:


- Dor abdominal


- Falta de ar


- Alterações intestinais (obstipação, diarreia, entre outros)


- Náuseas


- Corpo inchado


- Sensação de cansaço extremo


- Necessidade frequente de urinar


- Hemorragias vaginais

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO?

- Idade (quanto maior a idade, maior o risco, sobretudo a partir dos 50 anos)


- Não ter tido filhos


- Menarca tardia


- Menopausa precoce


- Componente genética ( se tiver um familiar de 1º grau com doença do ovário, tem 7% de hipóteses de a vir a desenvolver. Se tiver dois familiares nesta situação, o risco

aproxima-se de 9%)

COMO POSSO PREVENIR?

- Hábitos de vida saudáveis (alimentação equilibrada e prática de exercício físico)


- Uso prolongado da pílula (quanto mais anos a mulher o fizer, menos risco terá, garantem os especialistas)


EM CASO DE DIAGNÓSTICO, QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS?

O tratamento dependerá de quão avançado está o cancro na altura do diagnóstico, mas o mais comum envolve uma cirurgia ao ovário, seguida de quimioterapia. A cirurgia tem como principal objetivo definir a extensão da doença e ressecar todo o tumor visível.


Em casos mais avançados, é possível que a doente tenha que fazer primeiro a quimioterapia e, se tudo evoluir como desejado, fazer a cirurgia depois.


Todos os tratamentos devem ser realizados em centros de referência e com equipas especializadas.

SE TIVER SINTOMAS, A QUEM DEVO RECORRER?

- médico de família (que saberá melhor o seu histórico clínico)


ou


- ginecologista


Por norma, quando as doentes chegam ao oncologista ou ginecologista oncológico, já têm o seu diagnóstico feito.

POSSO SER MÃE DEPOIS DE UM DIAGNÓSTICO DE CANCRO DO OVÁRIO?

A resposta é sim, caso mostre essa vontade, mas só em casos muitos específicos. Tudo depende da sua condição e da opinião e análise do seu médico.


Os especialistas fazem uma cirurgia preservadora da fertilidade (só em estadios iniciais), na qual se retira o tumor e se deixa um dos ovários. Normalmente, os médicos aconselham a que depois de ter sido mãe e ter terminado o seu ciclo reprodutivo, a doente complete a cirurgia.

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