Cerca de 60.000 novos casos de cancro surgem anualmente em Portugal

O subdiretor-geral da Saúde disse que os cerca de 60.000 novos casos de cancros que surgem anualmente em Portugal correspondem a cerca de dois terços dos nascimentos, apelando à população para adotar estilos de vida saudáveis.

Rui Portugal defendeu também ser essencial garantir uma rede de prestação de cuidados que garanta a equidade no acesso e a disponibilidade de equipas diferenciadas em todo o país

na área do cancro.

"A maior esperança de vida dos portugueses, a exposição a carcinogéneos e os estilos de vida menos saudáveis justificam o aumento progressivo do número de novos casos", disse Rui Portugal, defendendo que "conhecer, vigiar e intervir na doença oncológica é uma prioridade em saúde em Portugal".

O subdiretor-geral da Saúde salientou ainda que as doenças oncológicas são a principal causa de morte prematura em Portugal e são responsáveis por mais 100.000 anos de vida potencialmente perdidos.

Segundo Rui Portugal, os anos de vida potencialmente perdidos por cancro são oito vezes mais do que os atribuídos à infeção por VIH e 1,5 vezes mais do que os atribuídos por doenças cardiovasculares.

Por outro lado, acrescentou que "temos de ter orgulho" nas taxas de sobrevivência a cinco anos relativamente à doença oncológica da próstata, da mama, do cancro cervical e mesmo colo do útero que "foram melhores do que a média da União Europeia nos últimos relatórios".

Anualmente, cerca de 10 milhões de pessoa sucumbem a esta doença e, se nada em contrário

for feito, os especialistas apontam para que este número ultrapasse os 13 milhões.

A prevenção parte de cada um, tal como refere Vítor Veloso, presidente da secção norte da Liga Portuguesa contra o Cancro, que explica que

“as pessoas não cuidam da sua pessoa”.

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