Cientistas usam resíduos de plantas invasoras para criar condicionador

de cabelo

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um condicionador de cabelo a partir de resíduos agroflorestais e de espécies invasoras amigo do ambiente, anunciou aquela instituição de ensino superior.

O projeto, denominado "Lignin for hair", visa "preparar novos derivados catiónicos da lignina para serem usados como condicionadores nos produtos capilares e, assim, constituírem uma melhor alternativa aos agentes tradicionais", disse, citado numa nota de imprensa divulgada esta quarta-feira, o investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) do DEQ, Luís Alves.

De acordo com o cientista, a lignina é o segundo polímero mais abundante em materiais lignocelulósicos, como a madeira, e serve como "cola" de todos os constituintes desses materiais.

O projeto, apesar de se encontrar numa fase inicial, já apresenta alguns "avanços positivos".


Para chegar ao produto final será necessário "extrair e caracterizar a lignina a partir de resíduos agroflorestais ou de espécies invasoras explorando solventes com componentes de origem natural".

Já a terceira fase será dedicada à "avaliação da eficácia" do condicionador de cabelo.

Os investigadores acreditam que este produto poderá ter um "elevado impacto na indústria do cuidado capilar", já que vai possibilitar a "substituição de compostos produzidos a partir de matérias-primas não renováveis, como o petróleo, e outras obtidas a partir de matérias-primas necessárias na alimentação humana e animal, como o óleo palma".

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