Comprar um carro não é fácil para quem não percebe nada do assunto. Existem muitas ofertas em páginas de compra e venda de automóveis, stands e até de particulares. O difícil é escolher… e fazer um bom negócio. Mas, nos últimos anos, há outra opção que tem vindo a ser cada vez mais interessante: comprar carros no estrangeiro. Será que compensa o trabalho, os custos da legalização, do transporte e os riscos?
É verdade que qualquer pessoa, sem ajuda, pode ir lá fora comprar um carro, mas quem trabalha neste nicho de mercado defende que, mesmo pagando a terceiros, compensa por vários motivos.
Dizem os especialistas, mas mesmo em carros mais baratos, é possível encontrar grandes diferenças de preços.
Por exemplo, em Portugal, a viatura que damos como exemplo na peça está à venda por cerca de 25 mil euros. É de 2018 e tem 40 mil quilómetros.
Na página alemã Mobile.de, por exemplo, pode encontrar dezenas de carros do mesmo
modelo - com mais ou menos extras ou equipamentos - quase 5 mil euros mais baratos ou pelo mesmo preço, mas mais recentes e com metade dos quilómetros.
Outra página muito procurada é a autoscout24.com. Há milhões de carros para escolher em toda a Europa.
Pode parecer bom, mas, para além das eventuais burlas, também é um processo cheio de armadilhas para quem não conhece o procedimento. De forma resumida, os passos para comprar um carro no estrangeiro são os seguintes:
- Escolher o carro.
- Contactar o vendedor.
- Negociar o valor.
- Assinar o contrato de compra.
- Fazer o pagamento a pronto.
- Tratar do transporte (ou vai buscar ou contrata uma transportadora, e cada uma destas situações exige procedimentos diferentes).
- Fazer a Inspeção B em Portugal (para isso,
tem de ter vários documentos específicos, nomeadamente o COC, Certificado de Conformidade Europeu).
- Pagar o ISV.
- Pedir a matrícula (DAV).
Se estiver na disposição de tratar de tudo sozinho, vai poupar a comissão que teria de pagar a uma empresa que faça todo este processo por si. Mas cuidado com as burlas, quilómetros adulterados, carros acidentados e impostos-surpresa que desconhecia. Por exemplo, 1 grama de CO2 ou 1quilómetro de autonomia de diferença na documentação pode significar milhares de euros de impostos a mais na altura de legalizar o carro.
Para além das duas empresas mencionadas nesta reportagem, existem muitas outras e até particulares que prestam o mesmo serviço. Estas são apenas alguns exemplos.