Criada solução computacional para classificar crises de epilepsia

Investigadores do Instituto

de Engenharia de Sistemas

e Computadores, Tecnologia

e Ciência (INESC TEC), no Porto, criaram uma solução que, com recurso a Inteligência Artificial, permite classificar crises

de epilepsia em tempo “quase-real”.



Em comunicado, o instituto do Porto adianta que a investigação, publicada na revista Nature Scientific Reports, permite

a "classificação automática"

e em tempo "quase-real"

de crises de epilepsia através de um radar de infravermelhos

e de vídeos tridimensionais (3D).

Para o desenvolvimento

da ferramenta, os investigadores recorreram à "maior base de dados de vídeos 3D síncronos com eletroencefalogramas", extraíram informação relativa a 115 crises

e desenvolveram uma abordagem baseada em algoritmos.

"A investigação demonstrou

a viabilidade de um sistema de apoio ao diagnóstico e à monitorização, que permite distinguir entre crises com origem nos lobos frontal

e temporal do cérebro (os mais comuns na epilepsia), ou eventos não epiléticos", esclarece o instituto.

Citado no comunicado, o investigador Tamás Karácsony afirma que a solução deteta "movimentos específicos

em diferentes partes do corpo

dos pacientes", assim como

a "dinâmica, os aspetos biomecânicos, os padrões

de velocidade, a aceleração

ou amplitude de movimento"

das crises epiléticas.



A epilepsia é uma doença neurológica crónica que afeta 1%

da população mundial. As crises epiléticas são dos principais sintomas da doença e cruciais

para diagnosticar possíveis ocorrências.

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