O cenário em que o ChatGPT consegue ser mais persuasivo do que um humano

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Um estudo publicado na revista Nature Human Behavior mostrou que o GPT-4 só é mais persuasivo do que humanos quando tem acesso a informações pessoais.

Francesco Salvi do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne (EPFL) e colegas, reuniram 900 pessoas nos EUA para debater temas sociopolíticos — como a proibição dos combustíveis fósseis — com outro humano ou com o GPT-4.
Em alguns casos, os participantes do debate (humanos ou IA) receberam dados demográficos dos oponentes — como idade, género, etnia, escolaridade, profissão e filiação política — para personalizar os argumentos.

A pesquisa sugere que, com o aumento das interações entre humanos e grandes modelos de linguagem como o GPT-4, esses sistemas podem influenciar mais as opiniões das pessoas. Por isso, os autores defendem mais estudos para reduzir os riscos dessa persuasão.

Por fim, os cientistas apontam duas limitações: não está claro se o modelo consegue adaptar seus argumentos com base em dados personalizados, e os debates do estudo foram estruturados, ao contrário das conversas mais espontâneas do dia a dia.

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