O que muda no IRS jovem? As simulações deste novo regime
Orçamento do Estado
As simulações da Deloitte têm em conta o novo regime de IRS Jovem contemplado na proposta do Orçamento do Estado para 2025, que alarga o benefício para 10 anos e a todas as pessoas até aos 35 anos de idade. Veja as simulações para jovens com salários de 1.500, 2.000 e 3.000 euros brutos.
Salários de 1.500 ou
2.000 euros brutos
O mesmo exercício aplicado a salários de 1.500 ou 2.000 euros brutos, por exemplo, indica que o jovem pagará um total de, respetivamente, 6.962 e 14.200 euros no conjunto dos 10 anos em que pode beneficiar do IRS Jovem.

Já um trabalhador, com o mesmo salário, que não possa beneficiar deste regime, terá uma fatura fiscal de (pela mesma ordem de salário) 24.403 euros (ou seja mais 17.442 euros do que o jovem) e 42.570 euros (mais 28.370 euros).
Salários de 3.000 euros brutos

Num salário de 3.000 euros brutos, a diferença de IRS pago pelo jovem e pelo outro trabalhador ascenderá a 51.728 euros, com o primeiro a pagar 38.238 euros no conjunto dos 10 anos e o segundo (através do regime geral do IRS) a suportar uma fatura fiscal de 89.966 euros.

Estas simulações foram feitas tendo em conta um trabalhador solteiro sem dependentes com 250 euros de despesas gerais familiares e assumindo uma atualização de 2,3% do indexante de apoios sociais (IAS) para 2025.
Após uma isenção total no primeiro ano de trabalho, o IRS proposto no OE 2025 prevê que do 2.º ao 4.º ano a isenção incide sobre 75% do rendimento, enquanto do 5.º ao 7.º ano a isenção é de 50% e do 8.º ao 10.º anos a isenção é de 25%.

Ao longo de todo este período o limite de rendimento que pode beneficiar da isenção mantém-se nos 55 IAS (cerca de 28 mil euros coletáveis anuais).
O que se segue?

A primeira votação da proposta orçamental, na generalidade, está agendada para 31 de outubro.

Segue-se o chamado debate na especialidade, nas comissões parlamentares, onde os ministros vão apresentar o orçamento das suas áreas, e o processo termina com a votação final global, em 29 de novembro.

Com a atual composição do Parlamento, onde PSD e CDS não têm maioria absoluta, o OE 2025 pode ser aprovado, à esquerda, com a abstenção do PS ou, à direita, com os votos dos 50 deputados do Chega.