A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia de covid-19, depois de uma reunião do Comité de Emergência dos Regulamentos Internacionais de Saúde.
Melhorar o reporte dos dados de vigilância do SARS-CoV-2 à OMS, para "detetar, avaliar e monitorizar variantes emergentes" e identificar alterações significativas na epidemiologia covid-19, bem como compreender o peso da covid-19 em todas as regiões estão também entre as recomendações.
Outras das recomendações é que os Estados reforcem o acesso às vacinas, diagnósticos e terapêuticas para a covid-19, e que mantenham "uma forte capacidade de resposta nacional a eventos futuros para evitar a ocorrência de um ciclo de negligência e de pânico".
Outras diligências recomendadas são continuar a ajustar quaisquer medidas internacionais relacionadas com as viagens, com base na avaliação de riscos, e não exigir a prova de vacinação contra o covid-19 como pré-requisito para viagens internacionais, e continuar a apoiar a investigação de vacinas que reduzam
a transmissão e tenham uma ampla aplicabilidade.
A OMS refere que "a vigilância e sequenciação genética têm diminuído globalmente, dificultando o rastreio de variantes conhecidas e a deteção de novas" e adverte que os sistemas de saúde estão atualmente em dificuldades com a covid-19, a gripe e o vírus sincicial respiratório, face à escassez de
mão-de-obra em saúde e ao cansaço dos profissionais.
Já na semana passada, o responsável da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Ahmed
Al-Mandhari, alertou para as repercussões
de uma possível disseminação do novo coronavírus nos países da região devastados pela guerra.
"O aparecimento do vírus em países muito mais vulneráveis com sistemas de saúde frágeis, incluindo a Síria e a Líbia, constitui uma preocupação especial", indicou aquele diretor regional da OMS num comunicado.
"Um país como a Síria, devastado pela guerra e com milhões de deslocados, com um sistema de saúde já no limite, ficará claramente sobrecarregado com um surto da covid-19 e o impacto pode ser catastrófico", adiantou
Al-Mandhari.
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