Xylella Fastidiosa: medidas para erradicar bactéria "não são adequadas"

O alerta é de uma investigadora da Faculdade de Ciências

da Universidade do Porto.


Ana Aguiar defende que "destruir plantas que não manifestam danos [depois de infetadas pela Xylella Fastidiosa] poderá ser um erro".



Cientificamente classificada como
uma "bactéria grã-negativa que tem
uma relação endofítica com a planta",
a Xylella Fastidiosa "vive dentro
da planta", mais concretamente,
nos vasos xilémicos que transportam água e nutrientes das raízes para
os caules e folhas.

Árvores, arbustos e plantas herbáceas - vulgares em espaços urbanos e rurais ou

de "elevado valor económico" - podem ser hospedeiras desta bactéria que, com algumas plantas desenvolve "uma relação de parasitismo" (a bactéria vive na planta e causa danos), e com outras, "uma relação

de comensalismo" (a bactéria vive na planta sem causar danos).



"Antes de destruir as plantas, e nesta fase em que a Xylella Fastidiosa está presente, mas não causa prejuízos para a agricultura, é urgente envolver os investigadores, financiando o trabalho da ciência", observou a investigadora.

Classificada como "bactéria

de quarentena" pela Organização Europeia para a Proteção

das Plantas (EPPO), em Portugal, a Xylella Fastidiosa

foi detetada, em janeiro de 2019, em plantas de lavanda num zoo em Vila Nova de Gaia, no Porto.


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