Portugal pode já ter ultrapassado o pico de contágios. A única exceção do país é a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde os números continuam sem estabilizar. O Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa prevê que a pressão nos hospitais comece a aliviar só no mês de março.
Há estatísticas que mostram que o confinamento começa a ter impacto nos números. Numa análise do IST a curva que mede o grau de risco, na média dos últimos sete dias, começou a descer.
Mas a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a resistir à descida. Nos últimos dias for registado um abrandamento no número de novos casos, porém o risco continua elevado. A variante britânica do vírus pode ser uma explicação. Estes dados dizem apenas respeito à incidência.
O número de mortes deve começar a abrandar muito ligeiramente na próxima semana, mas vai manter-se alto durante mais tempo. Nos hospitais, os internamentos vão continuar a subir e os cuidados intensivos vão estar sob grande pressão pelo menos durante mais um mês.
Henrique Oliveira, matemático e professor do IST, considera que o país deverá manter o confinamento como está atualmente, pelo menos, até 22 de março. Só aí poderá avaliar se há condições para reabrir o comércio, os transportes e, sobretudo, as escolas. Nessa altura, Portugal deve ter perto de 21 mil mortos, mais oito mil do que tem atualmente.
Estes cálculos foram feitos com base nos níveis de incidência atuais que podem piorar ou melhorar conforme o crescimento das variantes do vírus e do comportamento das pessoas.
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