O Brasil registou, oficialmente, esta sexta-feira, a trágica marca de 600 mil mortes pela covid-19, sendo o país com o segundo maior número de vítimas fatais da pandemia no mundo, apenas atrás dos Estados Unidos da América.
Lenços na praia de Copacabana para lembrar que um país inteiro está em luto.
É difícil encontrar alguém que não tenha conhecido uma das 600 mil vítimas por covid-19.
Há quem diga que já viram várias pessoas morrer por causa da pandemia, seja "uma tia" ou até "colegas de trabalho".
"Muita gente, inclusive amigas, bastantes. É um sentimento que não existe", diz uma cidadã brasileira enquanto chora.
O Brasil é o segundo país do mundo onde mais morreram pessoas por covid-19.
Em abril deste ano, foram registados mais de 4 mil óbitos num único dia.
Com quase 50% da população vacinada, atualmente, há uma desaceleração dos casos da doença, da ocupação dos hospitais e do número de óbitos, mas todos os dias, ainda morrem cerca de 500 brasileiros vítimas da pandemia.
O protesto em Copacabana lembrou que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas.
"É possível que este morticínio, causado pela incompetência da autoridade pública, caia no esquecimento", diz o presidente da ONG "Rio da Paz", António Carlos Costa.
Nos últimos cinco meses, uma Comissão Parlamentar de Inquérito Investigativo do Senado Federal investiga a gestão da pandemia pelo Governo brasileiro.
A previsão é que na segunda quinzena deste mês seja apresentado o relatório final da CPI, que deve indiciar pelo menos 30 pessoas, entre elas o presidente Bolsonaro.