Kim Jong-Un já se encontra na Rússia e o Ocidente está atento. Putin tem vindo a desvalorizar a contraofensiva ucraniana, ao mesmo tempo que se prepara para reuniões com a Coreia do Norte para ajudar na invasão à Ucrânia.
Apesar da escassa informação, muito se especula sobre o encontro e crescem as preocupações do Ocidente sobre um possível acordo entre Moscovo e Pyongyang para o fornecimento de armas para a guerra na Ucrânia.
“É uma aproximação estratégica das duas partes. Tudo indica que a Coreia do Norte entre, agora, fornecendo armamento à Rússia. Este ano a Rússia precisa de uma renovação e de um reforço das munições e projéteis de artilharia”, explicou Germano Almeida.
O comentador da SIC acrescentou ainda que este encontro é “muito significativo” tendo em conta a guerra “de longo curso” que está a decorrer na Ucrânia.
Para além disso, a Coreia do Norte “é uma potência regional que interessa à Rússia. É um aliado importante que a Rússia pode ter numa altura em que outros aliados fecham a porta, nomeadamente, o facto da Rússia nunca ter conseguido da China essa ajuda militar, ou pelo menos [uma ajuda] assumida".
Reforçando que a China continua a ser para a Rússia uma “aproximação estratégica de critica ao ocidente e ao mundo unipolar norte-americano”, que se destaca com “parcerias a nível económico e tecnológico, mas não militar”, reforçou Germano Almeida.
Em contrapartida, a Coreia do Norte quer “alimentos, energia e tecnologia russa ao nível dos submarinos com propulsão nuclear e dos satélites", listou.
Portanto, a Coreia do Norte “é uma aliança muito significativa para o cada vez maior isolamento de Putin. Mas pode ser preocupante porque pode levar a um aumento da possibilidade da agressão russa na Ucrânia, porque vai permitir a Putin prolongar a agressão na Ucrânia, numa altura em que a Rússia estava com problemas a nível da mobilização”, concluiu o comentador.