Chama-se Duarte o menino de Angra de Heroísmo que recebeu o mesmo medicamento, no mesmo hospital e no mesmo mês que as gémeas luso- brasileiras.
A SIC entrevistou, nesta quinta-feira, o pai do Duarte, que não esconde a felicidade por o filho ter recebido o tratamento, mas lamenta apenas que ainda não tenha chegado a prometida cadeira de rodas.
Duarte fez quatro anos em setembro. O pai, um técnico de telecomunicações, e a mãe, empregada num supermercado, preferem não mostrar o filho, mas aceitam contar a sua história.
O pai conta à SIC que nas consultas médicas "aparentava ser um bebé normal". No entanto, três meses depois, começaram a notar que Duarte tinha poucos movimentos musculares.
No hospital do Santo Espirito, da Ilha Terceira, perceberam a gravidade do problema e de imediato referenciaram a criança para o Santa Maria, em Lisboa. Nesse mesmo mês, no Santa Maria, o medicamento mais caro do mundo era dado também às gémeas luso-brasileiras. Apesar disso, os pais do Duarte desconheciam o caso que há cerca de um mês se tornou notícia.
Três anos e meio depois do tratamento, já há mais motivos de esperança.
“Antes do medicamento, o menino nem se sentava, mas hoje em dia ele já senta, já tem movimentos na parte da cabeça. Apesar de não andar, teve evoluções”, revelou o pai.
Há cerca de um ano, os pais do Duarte iniciaram o processo para pedir uma cadeira de rodas para o filho, que ainda não chegou. Duarte frequenta o infantário, mas a mãe está de baixa por assistência ao filho.