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Figueira da Foz: Simulacro no mar, praias e rio Mondego testou meios da Marinha de combate à poluição (C/ Vídeo)

Figueira da Foz, Coimbra, 04 mai (Lusa) -- Um simulacro de combate à poluição em meio aquático decorreu hoje na Figueira da Foz e envolveu 270 participantes da Marinha Portuguesa e de 19 entidades civis e militares.

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Figueira da Foz, Coimbra, 04 mai (Lusa) -- Um simulacro de combate à poluição em meio aquático decorreu hoje na Figueira da Foz e envolveu 270 participantes da Marinha Portuguesa e de 19 entidades civis e militares.

O exercício, denominado "Foz 2011", partiu de um cenário simulado envolvendo o embate noturno do navio mercante "Mondego" no molhe norte do porto da Figueira da Foz, com derrame, durante quatro horas, de 500 metros cúbicos de combustível que se dispersou pelo mar e rio e atingiu as praias adjacentes.

"O Mondego bateu no molhe norte... O mar estava mau, com vento forte, vaga três metros e visibilidade reduzida, não viram o molhe, o molhe é recente", disse ao jornalistas o comandante Quaresma de Lemos, chefe do serviço de Combate à Poluição da Marinha.

Pela manhã, estudantes universitários voluntários e meios materiais e humanos da Armada afadigavam-se na limpeza do poluente -- aparas de madeira a fazer as vezes de gasóleo - que atingiu um pequeno areal, situado entre um dos molhes de guiamento do rio e o molhe norte do porto comercial.

"Os voluntários foram triados por uma médica e enfermeira para ver se estavam habilitados a fazer o trabalho", acrescentou.

No plano de ação estava previsto o socorro, no mesmo local, de um tripulante da embarcação sinistrada, que chegaria à praia com uma perna partida mas, perante a ausência deste, acabou por ser um dos voluntários das operações de limpeza a ser "socorrido", após "cair" nas pedras.

O simulacro inclui ainda a remoção, na praia do Cabedelinho, a sul da barra, de um golfinho vivo "possivelmente contaminado", observou Quaresma de Lemos, que foi tratado e transportado para um centro de recuperação de animais marinhos.

Entre outras ações, no rio Mondego foram colocadas barreiras flutuantes para impedir o poluente de atingir o porto de pesca e a marina de recreio.

Já no mar, ao largo, decorreu outra ação de contenção e retirada de hidrocarbonetos -- simulados com recurso a centenas de quilos de pipocas -- através de meios navais da Marinha, à qual os jornalistas presentes não assistiram por não lhes ter sido facultado transporte.

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, marcou presença no simulacro e, no final, à margem das operações, manifestou-se "muito convencido" de que Portugal "está pronto para fazer face" a um eventual acidente com poluição aquática.

Aludiu à coordenação entre as entidades participantes e os meios da Autoridade Marítima Nacional e defendeu a "prática" de simulacros do género.

"Sou muito adepto, mais do que proclamar a relação de Portugal com o mar, praticá-la. Este exercício é isso mesmo, é irmos ao mar e vermos como se faz", frisou Humberto Rosa.

Destacou as pipocas a simular hidrocarbonetos "que boiam da mesma maneira", frisando que demonstraram "a eficácia das barreiras e dos sistemas de recolha", disse.





JLS.

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