Lisboa, 01 jun (Lusa) -- A prática do nudismo necessita de uma "maior abertura" porque pode ser uma fonte de receita turística para Portugal, defende o presidente da Federação Naturista, lembrando que há apenas "sete praias ditas legais", todas a sul do Tejo.
O turismo naturista é o "nicho que mais tem crescido em todo o mundo", com cerca de 100 milhões de praticantes, e Portugal "está completamente fechado" a este mercado, criticou o presidente Federação Portuguesa de Naturismo, Rui Martins.
As praias "ditas legais para a prática do naturismo nunca são suficientes", sendo que neste momento, "existem apenas sete praias oficiais", a última das quais - praia da ilha Deserta - foi aprovada em fevereiro pela Câmara de Faro.
As praias para esta prática na zona de Lisboa são as do Meco e a da Bela Vista, na costa alentejana a das Adegas, Alteirinhos e Salto, e no Algarve a do Barril e Ilha Deserta, além de outras 19 reconhecidas como praias mistas, referenciadas em roteiros internacionais, mas "todas são aberta a toda a gente", referenciou.
Em relação à lei, Rui Martins, defende que "não seria preciso legislação", porque é uma "filosofia de vida", traduzida na "prática da nudez coletiva, no propósito de favorecer o respeito pelo meio ambiente", ou como Rui Martins lhe chama "nudo-naturismo".
As pessoas com esta filosofia "dão-se todas bem" e para manterem o "contacto uns com os outros" frequentam dois parques de campismo, propriedade de estrangeiros [Holandeses], a piscina do Alvito que tem um "horário naturista com cerca de 40 pessoas por sessão" e um SPA no Porto, acrescentou.
Os "naturistas não têm nada a esconder" pelo que "não precisam de fugir de nada", incluindo dos "mirones que ainda vão aparecendo, mas em muito menor número", disse Rui Martins.
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