Lusa

Greve afeta urgências, consultas externas e bloco operatório do Hospital de Faro

Serviços mínimos estão a ser garantidos, mas adesão ronda os 80% a 100%. Na cirurgia só estão a ser realizadas as oncológicas, afirmam sindicatos.

Greve afeta urgências, consultas externas e bloco operatório do Hospital de Faro
Canva

A greve nos serviços de saúde do Algarve está esta quinta-feira a afetar os serviços de urgência, consultas externas e o funcionamento do bloco operatório do hospital de Faro, disseram fontes dos sindicatos que convocaram a paralisação.

No caso dos enfermeiros, segundo Alda Pereira, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a adesão à greve ronda os 80% e, no bloco operatório, a adesão é de 100%, com o cancelamento de todas as cirurgias programadas e só estando a ser realizadas cirurgias oncológicas.

Já Rosa Franco, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Sul e das Regiões Autónomas, referiu, numa conferência de imprensa em Faro, que há "bastantes serviços afetados", embora os serviços mínimos estejam garantidos, como é exigido por lei.

"Os serviços que estão afetados e com adesões fortes são a Urgência, que está caótica, as consultas externas, que têm muitos balcões encerrados e sem consultas, a Radiologia, a UCI [Unidade de Cuidados Intensivos] e a UCA [Unidade de Cirurgia Ambulatória]", em que as cirurgias estão a ser canceladas, indicou.

André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS-FNAM), disse à SIC Notícias que nos centros de saúde "há uma boa adesão", destacando Loulé com centros de saúde a 100% de adesão. No Hospital de Faro, aponta, "o serviço de urgências, o bloco e consulta externa estão praticamente em serviços mínimos, alguns deles abaixo do mínimo.

"No caso concreto da cirurgia, apenas estão a ser realizadas cirurgias oncológicas", detalha.
Loading...

A greve, marcada para entre as 00h00 e as 24h00 desta quinta-feira, abrange todos os profissionais da saúde que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região (correspondente ao distrito de Faro), que exigem, entre outras reivindicações, a contratação de mais pessoal para travar o desgaste a que dizem estar a ser sujeitos.