2020: o fim da década

Revisão da década: da troika à pandemia, o que mudou no SNS?

A fechar a década, recorde os principais acontecimentos dos últimos dez anos e perceba o que mudou em Portugal.

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Pensar em saúde é pensar em covid-19. Mas antes da pandemia, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) já apresentava fragilidades. Nos últimos dez anos, a crise financeira fez com que os profissionais de saúde ficassem sem tempo para estar com o doente e o número de atos realizados passou a ser a principal forma de avaliar a saúde em Portugal.

A tecnologia melhorou exames e diagnósticos, numa tendência que deverá continuar na próxima década. Os tratamentos, principalmente no caso das doenças oncológicas, tornaram-se mais eficazes e menos agressivos permitindo aos pacientes viver mais tempo e com melhor qualidade de vida. Passou a ser possível curar a hepatite C sem que fosse necessário realizar um transplante de fígado.

Num país cada vez mais envelhecido, o acesso à saúde e aos cuidados paliativos é cada vez mais uma preocupação. Assim como o ensino das futuras gerações de profissionais de saúde. Mas a falta de tempo para transmitir conhecimentos volta a ser uma questão.

O SNS vai avançando ano após ano, década após década. Acompanhado pela falta de dinheiro, que faz deste um dos serviços de saúde piores financiados da Europa. Resistiu à troika, resistiu à crise, chega à pandemia fragilizado e deverá sair exausto.

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