Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às Festas do Barreiro, distrito de Setúbal, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre os dois ataques terroristas que aconteceram na quinta-feira em Barcelona e em Cambrils, Tarragona, e que fizeram 14 mortos e 135 feridos.
"Mensagem de condenação e repúdio por qualquer espécie de terrorismo. O terrorismo nunca resolveu nenhum problema, antes pelo contrário acabou por matar inocentes e por isso essa condenação, acompanhada naturalmente da solidariedade para com as vítimas, para com as forças que estão solidárias em Espanha com as vítimas e com a população", considerou.
No entanto, para o líder comunista "é importante combater as causas do próprio terrorismo".
"Não é com mais medidas securitárias - independentemente das normas de segurança que é necessário existirem, obviamente -, mas encontrar as causas, as raízes e não vergar perante o terrorismo, venha ele donde vier", apelou.
Sejam ataques terroristas como este de Espanha, seja terrorismo de Estado, Jerónimo de Sousa sublinha a necessidade de "evitar a perda de vidas inocentes e a necessidade de segurança das populações porque não são as populações que têm responsabilidade, nem no terrorismo nem de serem vítimas de terrorismo".
Uma portuguesa de 74 anos, residente em Lisboa, está entre as vítimas mortais do ataque em Barcelona, e uma jovem de 20 anos, que a acompanhava, está desaparecida.
O ataque de Barcelona, em que uma furgoneta avançou sobre a multidão nas Ramblas, grande avenida do centro da capital catalã, matando 13 pessoas, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Horas depois, de madrugada, cinco homens num automóvel atropelaram um grupo de pessoas em Cambrils, uma estância balnear a cerca de 120 quilómetros de Barcelona, fazendo um morto e cinco feridos.
O porta-voz da polícia catalã anunciou que foram feitas quatro detenções, três marroquinos e um espanhol, nenhum deles com antecedentes ligados ao terrorismo.
Lusa
