Ataque em Berlim

Direita radical alemã diz que Alemanha "já não é segura"

O presidente do partido da direita radical Alternativa para a Alemanha, Frauke Petry, reagiu hoje ao presumível atentado em Berlim, considerando que o seu país "já não é seguro" e exigindo ao Governo que retome o controlo das fronteiras.

Direita radical alemã diz que Alemanha "já não é segura"
© Axel Schmidt / Reuters

"A Alemanha já não é segura. É obrigação da chanceler [Angela Merkel] comunicá-lo" aos cidadãos, afirmou Petry num comunicado, no qual denunciou que o contexto que permitiu que este ataque acontecesse "foi importado de forma imprudente no último ano e meio", numa referência às informações que apontam que o suspeito detido pediu asilo na Alemanha.

"Não se trata apenas de um ataque à nossa liberdade e à nossa maneira de viver, mas também à nossa tradição cristã", acrescentou, sublinhando o facto de que o camião avançou sobre as pessoas que visitavam um mercado de natal no centro da capital alemã.

O que aconteceu, acrescentou Petry, "não é nem será um caso isolado e o mercado de natal não é nenhum objetivo casual".

A líder da AfD sublinhou a divisão do país em relação à política de acolhimento de refugiados e exigiu que as fronteiras "irresponsavelmente abertas" voltem a ser controladas, e se reforcem os meios dos serviços secretos e das forças de segurança.

"Os terroristas potenciais e os denominados potencialmente perigosos devem ser expulsos, as mesquitas em que se defende a 'jihad' devem ser encerradas. Todos os muçulmanos que assumiram o nosso país como sua pátria aprovarão estes passos", disse.

O presumível atentado terrorista registado no mercado em Berlim, em que um camião irrompeu sobre as pessoas que visitavam o local, resultou na morte de 12 pessoas e em 48 feridos.