Ataque em Manchester

Governo britânico irritado com fuga de informação nos EUA

A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse hoje que foi "irritante" haver fugas de informação, nomeadamente nos Estados Unidos, sobre o atentado de Manchester e que já abordou a questão com os seus homólogos norte-americanos.

Governo britânico irritado com fuga de informação nos EUA
Toby Melville

Na terça-feira, horas antes de a polícia de Manchester divulgar a identidade do autor do atentado de segunda-feira, "responsáveis da administração" de Donald Trump disseram à imprensa norte-americana que o atacante tinha sido identificado pelas autoridades britânicas como Salman Abedi.

"Fui muito clara com os nossos amigos, isso não deve voltar a acontecer", disse Rudd à BBC Radio.

Questionada sobre se a revelação de informações prejudica a investigação policial, a ministra respondeu: "Francamente sim".

"A polícia foi clara quanto a querer controlar o fluxo de informação para proteger a integridade das operações - o elemento surpresa - pelo que é irritante que a informação surja por outras fontes", acrescentou.

Rudd negou, contudo que a fuga tenha comprometido a investigação: "Não iria tão longe, mas posso dizer que a questão ficou perfeitamente clara e que não deve repetir-se", insistiu.

O atentado foi perpetrado na segunda-feira quando um homem se fez explodir junto a uma das saídas da Manchester Arena, onde estava a terminar um concerto da cantora 'pop' norte-americana Ariana Grande, a que assistiam muitas crianças e jovens.

Vinte e duas pessoas morreram, além do atacante, e 59 ficaram feridas no atentado, reivindicado pelo grupo extremista Daesh.

Salman Abedi, 22 anos, britânico nascido em Manchester de país líbios, foi identificado pela polícia como autor do atentado.

Lusa