A 27 de junho último, cinco dias após o referendo britânico, François Hollande, Angela Merkel e Matteo Renzi exortaram Londres a invocar, com celeridade, o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que regulamenta o processo de saída e que só pode ser ativado pelo país que vai abandonar a UE.
Nessa data, em Berlim, os três países sublinharam também a intenção de dar um novo impulso ao trabalho da UE em algumas áreas e definiram que se iriam apresentar rapidamente "medidas concretas" contra o terrorismo 'jihadista' e de apoio aos refugiados, para favorecer o crescimento económico, o emprego e a juventude.
Hoje, o porta-voz do Governo francês, Stéphane Le Foll, que não precisou o local da reunião, adiantou que Hollande irá efetuar entre 19 e 21 deste mês uma minidigressão europeia para receber apoio para nova Europa a 27.
A primeira paragem de Hollande será em Portugal, cuja visita oficial ocorrerá no dia 19, seguindo, depois, para deslocações de trabalho à República Checa, Áustria e Eslováquia, terminando a digressão a 21 na Irlanda.
Tema central, acrescentou o porta-voz gaulês, será o trabalho a fazer na sequência da saída do Reino Unido da UE.
Le Foll precisou que a designação de Theresa May como sucessora do primeiro-ministro britânico, David Cameron, não irá alterar a postura francesa, que defende que o Reino Unido abandone "quanto antes" a UE.
Lusa