Caso CGD

Paulo Macedo confirmado na CGD

É oficial: o antigo ministro da Saúde do governo de Passos Coelho aceitou o convite para a presidente executivo da CGD. Os nomes da sua equipa seguem hoje para o Banco Central Europeu. 

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Última atualização às 13:27

Em comunicado, o Ministério das Finanças confirma que "o governo decidiu convidar o Dr. Paulo Macedo para CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo o convite sido aceite". E anunciua também que Rui Vilar aceitou ficar como presidente do Conselho de Administração.

O gabinete de Mário Centeno acrescenta que a restante equipa ainda está a ser definida e que o processo de nomeação do novo Conselho de Administração do banco "seguem assim o seu curso normal".

Primeiro-ministro não comenta

António Costa tinha prometido que, até ao final da semana, apresentaria o substituto de António Domingues. Hoje, dia em que termina o prazo que indicou, o primeiro-ministro não quis comentar a escolha.

Esta tarde, o nome de Paulo Macedo e da restante equipa deverão chegar às mãos do supervisor europeu.

Paulo Macedo, o ex-ministro da Saúde de Passos Coelho, já fez parte da administração do BCP e agora está na Ocidental Vida, uma companhia de seguros. É visto como uma escolha segura e apropriada para gerir o banco do Estado, depois da saída de António Domingues.

Macedo terá resistiu ao convite

Num primeiro momento, Macedo terá resistiu ao convite, mas as dificuldades do Governo em encontrar um substituto levaram-no a dizer que sim. Por esta altura, já tem equipa formada para poder fazer seguir os nomes para o supervisor europeu, que terá de os aprovar.

O Jornal de Negócios conta que, dentro do banco público, o nome de Macedo agrada, muito por causa do currículo que o gestor tem no setor financeiro e por ter desempenhado cargos públicos. Além do mais, Paulo Macedo tem a experiênca política que faltava a António Domingues e não terá qualquer problema em divulgar a declaração de património, uma obrigação que já cumpriu enquanto ministro da Saúde.

De acordo com o Observador, o nome de Macedo não terá agradado a todo o Governo, sobretudo por ter sido um membro do anterior executivo. Mas por outro lado, o antigo ministro da Saúde pode ser um trunfo, porque assim o PSD estará menos confortável para atacar a nova gestão da Caixa.

Paulo Macedo terá agora de pôr em prática o plano de negócios e capitalização, desenhados ainda por António Domingues. Já se sabe que esses planos vão passar pla saída de mais de dois mil trabalhadores nos próximos quatro anos e vai obrigar a encerrar mais balcões.