Ciclone Idai

Zimbabué revê para 344 número de mortos provocados por passagem do ciclone

Ainda estão cerca de 250 pessoas desaparecidas.

Zimbabué revê para 344 número de mortos provocados por passagem do ciclone
Zohra Bensemra

O Zimbabué reviu em alta o número de mortos provocados pela passagem do ciclone Idai, que ascende agora a 344, segundo a ministra para a Informação, Monica Mutsvanwa, em declarações à imprensa na noite de terça-feira.

"O Governo lamenta anunciar que o número de mortos passou a 344", afirmou a ministra. As últimas estimativas variavam, de acordo com diversas fontes, entre os 180 e os 250 mortos.


"As operações limitam-se a partir de agora apenas à recuperação de corpos. As pessoas dadas como desaparecidas passam também, a partir de agora, a ser assumidas como mortos presumíveis", acrescentou a governante.

De acordo com a segurança zimbabueana, pelo menos 257 pessoas estão dadas ainda como desaparecidas no leste do país.

O balanço da passagem do ciclone Idai em meados do mês passado por Moçambique, Zimbabué e Maláui deverá assim ultrapassar a barreira dos mil mortos e dos dois milhões de feridos, segundo os últimos números das autoridades locais e da ONU.

Moçambique foi o país mais afetado

Em Moçambique, o último balanço oficial publicado esta terça-feira dá conta de 602 mortos.

O ciclone atingiu em força a cidade portuária da Beira e os seus 500 mil habitantes no passado dia 14 de março, e depois orientou-se a oeste evoluindo em direção ao Zimbabué.

As chuvas diluvianas e os ventos violentos causaram uma destruição massiva nos dois países.

Mais de dois milhões de pessoas, entre as quais 1,8 milhões apenas em Moçambique, foram afetadas, e entre estas 165.000 foram forçadas a abandonar as casas destruídas pela passagem do Idai.

Na Maláui, as inundações provocadas pela passagem do ciclone fizeram 59 mortos e quase 900 feridos.

Várias agências das Nações Unidas e organizações não-governamentais de todo o mundo acorreram em ajuda àquela região da África Austral.

A ONU lançou um apelo para a recolha de 251 milhões de euros para financiar a ajuda de urgência nos próximos três meses.

Lusa