Caso das Viagens

Três secretários de Estado vão ser constituídos arguidos

O Ministério Publico confirmou à SIC que decidiu constituir arguidos os três secretários de Estado num despacho emitido a 6 de julho. Só esta segunda-feira chegaram aos autos os pedidos dos secretários de Estado para serem constituídos arguidos.

Se o então assessor económico do primeiro-ministro Vítor Escária tinha sido ouvido e era arguido. Se João Bezerra da Silva, chefe de gabinete de Rocha Andrade era agora arguido no mesmo processo. E se Pedro Matias, o ex-chefe de gabinete de João Vasconcelos também. Os três secretários de Estado envolvidos no caso Galp sabiam que eram os próximos da lista.

E assim, anteciparam-se ao Ministério Público e pediram para ser constituídos arguidos e para sair do Governo.

Esta segunda-feira, a única reação pública de um ministro a toda a polémica foi esta:

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Caldeira Cabral, ministro da Economia, que tinha na equipa um dos secretários de Estado que pediu para sair. Contudo, ao jornal Público, o primeiro-ministro explicou que aceitou o pedido porque os três membros da equipa queriam defender-se e não "podia negar-lhes esse direito".

Enquanto se faziam estas contas de cabeça no Governo, na 9.ª secção do DIAP de Lisboa, preparavam-se as notificações para os três secretários de Estado.

A Procuradoria-Geral da República confirmou entretanto em comunicado que Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Oliveira vão mesmo ser constituídos arguidos.

A SIC sabe que a prova está praticamente concluída para acusar os três governanantes demissionários do crime de recebimento indevido de vantagem.

Este foi também o dia escolhido pela Galp para admitir em comunicado, a possibilidade de vir a ser constituída arguida no mesmo processo que investiga as viagens pagas a vários governantes para assistirem ao euro 2016. A petrolífera reafirma que fez tudo dentro da lei e que é normal convidar várias personalidades para eventos que patrocina.