O anterior balanço da epidemia, que continua a progredir de "forma acelerada", indicava a existência de 2.615 casos e 1.427 mortes, a 20 de agosto.
"Mais de 40% do número total de casos foram registados" durante os últimos 21 dias, e estão concentrados em algumas localidades, acrescentou a OMS.
A doença do vírus Ébola tem uma taxa de mortalidade média de 52%, variando entre 42% na Serra Leoa e 66% na Guiné-Conacri.
A OMS referiu ainda que uma epidemia diferente, sem relação com aquela em curso nestes quatro países da África ocidental, foi assinalada a 24 de agosto pela República Democrática do Congo (RDCongo).
Os dados referentes à RDCongo não estão incluídos no balanço de hoje da OMS.
Na Guiné-Conacri, onde a epidemia de Ébola foi primeiro registada no início deste ano, as autoridades contaram 648 casos e 430 mortes.
Na Libéria, 1.378 casos e 694 mortes.
Na Serra Leoa, o balanço é de 1.026 casos e 422 mortes, enquanto na Nigéria há 17 casos, incluindo seis mortos.
Nigéria anuncia sexta morte pelo vírus, a primeira fora de Lagos
A Nigéria anunciou hoje que um médico morreu devido ao vírus do Ébola na cidade petrolífera de Port-Harcourt, no sudeste do país, sendo a sexta vítima mortal e o primeiro caso que ocorre fora da cidade de Lagos.
De acordo com o ministro da Saúde nigeriano, Onyebuchi Chukwu, este médico morreu na sexta-feira passada, depois de ter tratado um paciente que tivera contacto com o primeiro caso de Ébola na Nigéria.
"Depois de sua mulher ter anunciado a sua morte (no sábado), uma investigação profunda foi levada a cabo e análises em laboratório mostraram que o médico morreu devido ao vírus Ébola", disse o ministro hoje, em Abuja.
Trata-se da sexta morte pelo vírus na Nigéria, num total de 15 casos confirmados, segundo o novo balanço do ministro da Saúde.
A doença foi introduzida no país a 20 de julho por um norte-americano-liberiano, que morreu em Lagos cinco dias depois da sua chegada.
Até ao momento, todos os casos de Ébola estavam concentrados em Lagos.
Lusa