"Um cidadão britânico que se encontrava numa viagem de negócios na Macedónia morreu", referiu o Ministério da Saúde num comunicado emitido em Londres.
"Devido à gravidade do seu estado de saúde no momento e que foi admitido no hospital, com vómitos e hemorragia interna, e ainda devido à sua morte súbita, pensamos que poderia ter sintomas do Ébola", admitiram os mesmos responsáveis.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico disse que vai investigar o caso.
O nome da vítima não foi adiantado, sendo apenas referido que nasceu em 1956.
O homem chegou à Macedónia 2 de outubro, proveniente de Londres, e segundo testemunhos de amigos não terá viajado previamente para qualquer país afetado com o vírus do Ébola.
Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 3.800 pessoas, num conjunto de oito mil infetados.
A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.
O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão oito pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.
Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.
Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.
O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.
Em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes casos são o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto.
LUSA