A reunião, que não estava prevista, obrigou Obama a cancelar uma viagem a New Jersey e a Connecticut, onde ia participar em atos da campanha democrata para as eleições intercalares norte-americanas (designadas como 'midterm'), agendadas para novembro, segundo explicou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
"Ao final da tarde, o Presidente vai ter uma reunião na Casa Branca com as agências do gabinete que coordena a resposta da administração norte-americana ao surto do Ébola", disse Earnest, acrescentando que Obama irá falar à comunicação social no final do encontro.
O agendamento desta reunião chega algumas horas depois das autoridades sanitárias dos Estados Unidos terem anunciado um segundo caso de contágio em Dallas (Texas): a enfermeira Amber Joy Vinson, de 29 anos.
Amber Joy Vinson, que acusou positivo num teste de despistagem do Ébola, tratou de Thomas Eric Duncan, o cidadão da Libéria infetado que acabou por morrer, na semana passada, no hospital de Dallas.
Menos de 24 horas antes de ser internada e de manifestar os primeiros sintomas, a enfermeira fez uma viagem de avião entre Cleveland e Dallas.
As autoridades norte-americanas estão a contactar entretanto todos os passageiros que viajaram com Amber no mesmo voo, indicaram hoje os Centros norte-americanos para o Controlo e Prevenção de Doenças.
A enfermeira está internada no Hospital Presbiteriano de Dallas, onde está também a enfermeira Nina Pham, de 26 anos, o primeiro caso de contágio no país.
O surto de Ébola foi hoje igualmente abordado numa videoconferência entre Obama e quatro líderes europeus: o Presidente francês, François Hollande, os primeiros-ministros do Reino Unido e de Itália, David Cameron e Matteo Renzi, respetivamente, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Os mais recentes dados apontam para o registo de 8.917 casos, dos quais 4.447 se revelaram mortais, sendo a Libéria, Serra Leoa e a Guiné-Conacri os países mais afetados pelo pior surto de Ébola.
Lusa