Profissional de saúde com suspeita de Ébola vai ser retirado de navio de cruzeiro
Um empregado de um hospital texano, que poderá ter tido contacto com os fluidos de um doente que morreu com Ébola em Dallas, vai ser retirado de um navio de cruzeiro "por excesso de precaução", foi hoje anunciado.
© Stringer . / Reuters
Segundo o Departamento de Estado, a pessoa não apresenta sintomas da doença, é vigiada pelo médico de bordo e está isolada, de forma voluntária, na sua cabine.
O navio, da empresa Carnival Cruise, encontra-se ao largo do Belize e, segundo o jornal Washington Post, os guardas-costeiros deste país impediram a embarcação de acostar e os milhares de passageiros a bordo de descerem.
O Departamento de Estado refere que já passaram "19 dias" desde que o empregado do hospital poderá ter "lidado com amostras de fluidos do paciente que morreu".
O período de incubação do Ébola vai de dois a 21 dias e uma pessoa só é contagiosa depois de manifestar sintomas (dor de cabeça, febre, vómitos).
O doente de Ébola referido pelo Departamento de Estado é Thomas Eric Duncan, o cidadão originário da Libéria que morreu num hospital em Dallas a 08 de outubro.
O profissional de saúde, cujo nome e sexo não foram revelados, saiu dos Estados Unidos para realizar a viagem de cruzeiro antes de os Centros norte-americanos para o Controlo de Doenças e Prevenção terem atualizado os requisitos para a monitorização das pessoas que possam ter tido contacto com o doente liberiano.
Duas enfermeiras do hospital de Dallas que trataram Thomas Eric Duncan ficaram infetadas com o vírus do Ébola e foram entretanto transferidas para outras unidades hospitalares nos Estados Unidos.
Lusa