O republicano Paul Ryan é presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano) e uma das mais importantes figuras do Partido Republicano norte-americano. Depois de ter manifestado sérias reservas ao longo de vários meses, Ryan anunciou na semana passada o seu apoio à candidatura de Trump.
"Dizer que uma pessoa não pode fazer o seu trabalho por causa da sua etnia revela um caso clássico de um comentário racista. Penso que deve ser absolutamente repudiado", reagiu Paul Ryan, numa conferência de imprensa.
Apesar da crítica, Ryan vai continuar a apoiar Donald Trump.
"É mais provável que a nossa política seja aplicada com ele" do que por outro candidato, disse o líder republicano, numa referência à provável candidata democrata às presidenciais norte-americanas Hillary Clinton.
O multibilionário tem sido alvo de duras críticas, incluindo de apoiantes, depois de ter questionado a conduta do juiz federal Gonzalo Curiel, que está a supervisionar os processos por fraude contra a extinta Universidade Trump.
Numa entrevista na quinta-feira passada, Trump explicou que o juiz, nascido nos Estados Unidos mas filho de mexicanos, tinha um "conflito [de interesses] absoluto" porque era "de origem mexicana" e membro de uma associação de magistrados hispânicos.
Trump recusou voltar atrás com as declarações sobre o juiz federal, explicando que o magistrado não tinha sido imparcial por causa da sua controversa proposta de construir um muro na fronteira com o México para lutar contra a imigração ilegal.
Lusa