"Os fundadores tiveram a separação de poderes. Ele está a ser eleito como presidente, não como ditador. Como tal, continuaremos a fazer o que fazemos", disse Bob Greifeld minutos antes do toque do sino da abertura dos mercados em Wall Street, em Nova Iorque [14:30 em Lisboa], a partir da Web Summit, na capital portuguesa.
Apesar de salientar que a vitória de Trump para a Casa Branca revela o falhanço do sistema financeiro, o líder do índice tecnológico nova-iorquino Nasdaq, onde estão cotadas algumas das maiores empresas tecnológicas do mundo, minimizou o impacto dos resultados eleitorais no comportamento dos mercados.
Greifeld considerou que a bolsa norte-americana pode lidar, confortavelmente, com um grande volume de transações no dia de hoje, salientando que a corrida aos títulos do Tesouro dos Estados Unidos mostra que a segurança no sistema financeiro "persistirá por um período de tempo".
Na terça-feira, Greifeld antecipou que as eleições presidenciais norte-americanas iam mexer com o mercado e que a volatilidade seria maior em caso de vitória de Trump do que de Hillary Clinton.
A bolsa de Nova Iorque viveu hoje um início de sessão volátil, após a vitória de Donald Trump nas presidenciais dos Estados Unidos.
Às 15:00 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones, que oscilou entre avanços e recuos nos primeiros minutos, registava uma subida moderada para 18.372,94 pontos, depois de nas negociações que antecederam a abertura do mercado ter chegado a recuar 4% com a confirmação do triunfo eleitoral de Trump.
O índice Nasdaq somava 0,06% para 5.196,38 pontos e o índice alargado S&P 500 avançava 0,13% para 2.142,40 pontos.
Ao contrário do que previam as sondagens, Trump derrotou a candidata democrata, Hillary Clinton, e será o 45.º Presidente dos Estados Unidos, sucedendo a Barack Obama.
Lusa
