O gigante asiático, excluído do Tratado de Associação Transpacífico (TPP), que inclui 12 países do Pacífico, acredita que um acordo que englobe o conjunto da Ásia-Pacífico beneficiaria não apenas os interesses da China, mas também os dos Estados Unidos da América e das outras economias regionais.
"Esperamos que o Presidente eleito continue a apoiar a construção da FTAAP", disse hoje Zhang Xiangchen, assistente do ministro do Comércio chinês encarregado do comércio internacional, numa conferência de imprensa em Pequim.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Li Baodong, garantiu que a promoção dessa zona comercial será uma das prioridades na agenda do Presidente chinês, Xi Jinping, na cimeira do Fórum de Cooperação Económica Asia-Pacífico (APEC), que arranca na próxima semana em Lima.
"A economia mundial está a viver ajustes profundos. A globalização económica enfrenta contratempos. O protecionismo comercial e os investimentos estão a aumentar", sublinhou Li, que acrescentou que a região Ásia-Pacífico continua a ser um motor de crescimento global.
Com a chegada à Casa Branca de Trump, declarado opositor do TPP, a China espera que as suas propostas de livre comércio para a região sejam mais ouvidas.
Nesse sentido, Zhang insistiu que a China está a promover a sua própria estratégia para liberalizar o comércio internacional no âmbito da APEC.
"Estamos dispostos, sobre a base de promover os acordos de livre comércio vigentes, a ter discussões para os atualizar ou melhorar", afirmou o dirigente chinês, indicando que as conversas mantidas até à data deram resultados.
Lusa