Abe, que fez uma paragem de menos de 24 horas nos Estados Unidos a caminho de Lima, onde vai participar no Fórum de Cooperação Económica Ásia Pacifico (APEC), é a personalidade estrangeira de mais alto nível a reunir-se com Trump desde que este venceu as eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro.
Em declarações aos jornalistas após a reunião, na quinta-feira, Abe descreveu o encontro com Trump como "franco" e "cordial", mas não disponibilizou pormenores sobre a conversa.
"Creio que sem confiança entre as nações, a aliança [entre os países] nunca poderia funcionar no futuro. Como resultado da discussão de hoje estou convencido de que Trump é um líder em que posso ter uma grande confiança", afirmou o primeiro-ministro japonês.
A reunião durou 90 minutos, segundo fontes da equipa do Presidente eleito, e decorreu na Torre Trump, que se tornou o quartel-general do magnata durante o período de formação do seu futuro Governo.
O encontro aconteceu depois de, durante a campanha, Trump ter criticado países como o Japão pelos gastos que os Estados Unidos têm de cobrir para assegurar a sua defesa.
Trump chegou também a recomendar que o Japão e a Coreia do Sul obtenham armas nucleares para se protegerem de ameaças como a do regime de Pyongyang.
Durante a campanha, Trump foi muito crítico de tratados comerciais como o que vincula as três nações da América do Norte ou o Tratado Transpacífico (TPP) e ameaçou rever estes acordos quando chegar à Casa Branca.
Não se sabe se estes temas surgiram durante a reunião entre Abe e Trump.
Lusa