"Estou absolutamente confiante que o Presidente eleito Trump vai manter o forte compromisso dos Estados Unidos com a segurança europeia e com a NATO", disse Stoltenberg à agência France-Presse, numa entrevista em Bruxelas.
"Isso é do interesse quer da Europa quer dos Estados Unido", considerou, recordando que a única ocasião em que o artigo 5.º da NATO - "um por todos, todos por um", relativo à garantia de defesa coletiva -, foi invocado foi após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
Stoltenberg disse esperar que Trump continue a pressionar os aliados da NATO para que aumentem os gastos com defesa, tal como anteriores presidentes norte-americanos, e que tal é totalmente justificado.
Washington assume os gastos de defesa de quase 70% dos aliados da NATO e há muito que exige que os outros países façam mais.
Trump surpreendeu, durante a campanha presidencial, ao sugerir que Washington poderia pensar duas vezes sobre defender um aliado caso este não tivesse cumprido com a sua parte no orçamento da organização.
A NATO anunciou esta sexta-feira, ao final do dia, que o secretário-geral teve "uma boa conversa" com o próximo Presidente norte-americano sobre o futuro da aliança.
O responsável agradeceu-lhe, em particular, por ter suscitado o tema dos gastos com defesa, considerada uma "prioridade" para o Stoltenberg desde que assumiu o cargo, segundo uma declaração hoje divulgada.
"Os dois líderes concordaram que se fizeram avanços para uma partilha mais justa dos encargos, mas consideraram que há mais a fazer", acrescentava a nota.
Lusa