Na segunda-feira em Paris, o candidato independente centrista, que no próximo domingo disputa a segunda volta com a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, afirmou que os aliados da adversária são governos como os de Budapeste, Moscovo e Varsóvia, que qualificou de não-democráticos.
"Vocês conhecem os amigos e aliados da senhora Le Pen. São os regimes de Órban, Kaczynski e Putin. Não são democracias abertas e livres", disse Macron.Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco afirmou "lamentar" as declarações de Macron, que usou "comparações inaceitáveis e atalhos psicológicos que levam a erros [Notes:de perceção] na opinião pública".
O texto nega por outro lado que o governo de Varsóvia seja aliado de Le Pen.
"Deixem-nos sublinhar que qualquer pessoa que conheça a história da Polónia e o seu cenário político interno não tem o direito de acusar o povo polaco de sentimentos calorosos em relação à Rússia imperial", lê-se no comunicado.
A Polónia e a Hungria têm sido criticadas fortemente pela União Europeia e por organizações internacionais de direitos humanos por consolidarem o poder de uma forma que afetou a independência dos tribunais, da imprensa e de outras instituições.
Macron afirmou na semana passada que, se for eleito presidente de França, vai pressionar a UE a impor sanções à Polónia, por considerar que Varsóvia desrespeita valores europeus fundamentais e usa as diferenças fiscais a seu favor.
O candidato fez estas afirmações durante a visita a uma fábrica no norte de França que vai encerrar porque vai transferir a produção para a Polónia, onde os custos do trabalho são mais baixos.
Lusa
