O presidente do Sporting considerou que as reiteradas acusações do candidato Bruno de Carvalho sobre alegadas irregularidades no ato eleitoral de 26 de março "só servem para criar desconcentração e desestabilizar o clube".
Alega que tais acusações em vésperas de um "jogo importante do Sporting" em Guimarães só servem para "criar desconcentração, desestabilizar e prejudicar o funcionamento do clube".
Sobre o facto deste ter avançado em tribunal com uma providência cautelar no sentido de suspender os resultados das eleições, Godinho Lopes escusou pronunciar-se por se tratar de "uma decisão dos tribunais", pela qual irá "aguardar tranquilamente".
No entanto, sempre foi dizendo que o Sporting "é um clube democrático, onde se ganha e perde por um voto" e que a vontade dos sócios se "expressou nas urnas".
Questionado se teria aceite os resultados eleitorais caso tivesse perdido a eleição para o Conselho Diretivo para Bruno de Carvalho por 360 votos, respondeu assim: "Ganhei em duas listas, perdi numa, aceito os resultados, porque no Sporting a democracia deve imperar".
Rejeita as acusações de Bruno de Carvalho, que alude a várias irregularidades, remetendo para a as declarações do então presidente da Mesa da Assembleia-Geral (AG), que afirmou "não ter havido qualquer protesto ou pedido de recontagem" dos votos por parte dos delegados das várias listas "antes de encerrar o ato eleitoral e ser redigida a ata" e na presença dos "delegados de todas as listas".
Godinho Lopes prefere focar-se na resolução dos problemas do Sporting e em "trabalhar com o presidente da Mesa da AG eleito, Eduardo Barroso, da lista de Bruno de Carvalho: "Aceitamos legitimamente os resultados eleitorais e, assim sendo, entendemos, desde a primeira hora, que tendo sido aquela Mesa da AG eleita por vontade dos sócios, é com ela que temos de trabalhar".
O presidente dos "leões" revelou mesmo que tem falado com Eduardo Barroso e que já lhe remeteu uma carta pedindo-lhe para ser convocada uma Assembleia Geral no sentido de serem alterados os estatutos em relação a três pontos concretos.
"A realização de assembleia referendária, a criação de mais duas categorias de sócios, a de sócio apoiante ou sócio adepto e de sócio atleta, além do sócio efetivo que já existe, e finalmente a descentralização do voto", referiu Godinho Lopes, recordando já ter chamado neste primeira semana pós-eleitoral os vários candidatos para lançar a auditoria que prometera aos sócios.
A descentralização decorrente destas medidas irá permitir "a aproximação dos núcleos e de todo o universo Sporting", nomeadamente a "aprovação em comissão eleitoral do voto eletrónico", cuja implementação "está a ser preparada".
Lusa