O antigo primeiro-ministro Durão Barroso destacou esta quinta-feira Freitas do Amaral como um "distinto académico" e "um dos fundadores do sistema político-partidário português", recordando o convite que lhe fez para a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Os meus mais sentidos pêsames à família do professor Diogo Freitas do Amaral , distinto académico e um dos fundadores do sistema político-partidário português", escreveu o ex-presidente da Comissão Europeia na rede social Twitter.
José Manuel Durão Barroso recordou "especialmente a presidência da Assembleia Geral da ONU", cuja candidatura foi feita depois de o ter convidado em nome do então primeiro-ministro, Cavaco Silva.
O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu esta quinta-feira, aos 78 anos, disse à agência Lusa fonte da família.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.
Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu "um bocado" com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com "uma carreira de um tipo diferente" e partir para "uma série de pequenas vitórias".
Lusa