Alcançado acordo entre a Grécia e os parceiros da zona euro

Já há acordo político quanto ao futuro da Grécia, com cedências dos dois lados. Tal como tinha pedido, Atenas vai ter uma extensão do financiamento, mas será apenas por quatro meses. Não será sujeita a novas medidas de austeridade, mas também não poderá avançar com algumas das promessas eleitorias, sem pedir autorização a Bruxelas. O entendimento foi arrancado a ferros depois de muitas horas de reuniões paralelas para resolver o impasse entre Atenas e Berlim.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que a reunião de hoje dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, permitiu chegar a um acordo sobre o prolongamento da assistência financeira à Grécia.

Dijsselbloem precisou que a assistência foi prolongada por quatro meses, embora o pedido de Atenas fosse de seis meses, e, em contrapartida, as autoridades gregas comprometeram-se a conduzir uma série de reformas,em linha com as condições previstas no atual programa, tendo que apresentar já na próxima segunda-feira uma lista com medidas.

Na segunda à noite ou na terça-feira, as instituições, incluindo o Fundo Monetário Internacional, irão analisar a lista para confirmar que se trata de "um ponto de partida válido e suficiente", com vista a concluir de forma bem sucedida o atual programa de assistência, e, se for o caso, terão então lugar os procedimentos nacionais para oficializar a extensão da assistência.

A confirmar-se a oficialização da extensão da atual assistência financeira, as partes terão assim alguns meses para negociar um possível "acordo pós-programa".

"Penso que o resultado é muito positivo", disse o presidente do Eurogrupo, acrescentando que é sua confiança de que hoje foi dado um importante passo para se restabelecer a confiança mútua entre Atenas e os seus parceiros europeus.