Num documento dirigido ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), o governo grego afirma que "continua à mesa das negociações" e "propôs hoje um acordo de dois anos" para cobrir as suas necessidades de financiamento.
O documento não detalha o conteúdo do novo plano de assistência apresentado pela Grécia.
Interrogado pela agência France Presse (AFP), o Fundo de Estabilização recusou comentar a situação.
A proposta surge horas antes do fim do prazo para a Grécia reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em quase 1.600 milhões de euros.
"O governo grego vai procurar até ao fim uma solução viável no interior do euro", acrescenta em comunicado o gabinete de Alexis Tsipras, segundo o qual o referendo de domingo deverá enviar "uma mensagem de um 'Não' a um mau acordo".
Vários dirigentes europeus declararam entender que uma vitória do 'Não' no referendo será interpretada como um 'Não' à moeda única.
A iniciativa grega acontece um dia depois de o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, propor uma solução "de último minuto", pedindo ao Governo grego para "aceitar o último plano dos credores datado de sábado e comprometer-se a apelar aos gregos que votem 'sim' no referendo de domingo".
O referendo referir-se-á não à última proposta referida por Juncker, mas a uma precedente, datada de 25 de julho, e que Atenas já rejeitou categoricamente.
Lusa