O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, defendeu, no parlamento, que o sistema aprovado no domingo, na véspera da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, é "sustentável, sem afetar as pensões principais", e prometeu que, para mais de dois milhões de reformados, não haverá um único euro de corte na pensão.
A legislação proposta pelo Governo grego compõe-se de reformas das pensões, dos impostos diretos e dos indiretos, que permitirão economizar 5.400 milhões de euros por ano, para conseguir em 2018 um 'superavit' primário de 3,5 por cento do produto interno bruto (PIB), como prevê o programa do terceiro resgate.
O texto foi votado favoravelmente pelos partidos que integram a coligação de governo: Syriza e Anel.
Todos os partidos da oposição, incluindo a Nova Democracia, votaram contra a lei que é contestada pelos sindicatos e prevê a redução das pensões mais elevadas, a fusão dos diferentes sistemas de pensões, e o aumento das contribuições, dos impostos e da tributação especial para os rendimentos médios e altos.
O projeto intitulado "Um sistema integrado de segurança social, reforma do sistema das pensões e regulação do imposto de renda" foi votado horas antes de os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) se reunirem extraordinariamente, em Bruxelas, na segunda-feira, com a agenda dedicada ao novo pacote de medidas de austeridade na Grécia, definido no âmbito do terceiro resgate ao país.
Lusa