"Pedi oficialmente à presidente" do CNE, Tibisay Lucena, para "convocar de imediato as eleições presidenciais", a realizar dentro de 30 dias, de acordo com a Constituição na sequência da morte do Presidente, Hugo Chávez, anunciou Nicólas Maduro, na cerimónia de tomada de posse, transmitida pela televisão.
"Fazemos em primeiro lugar, um apelo para que o CNE, no uso das suas atribuições, avalie, tome a decisão, porque nós, no dia em que as convocar, estaremos prontos", afirmou. "Vença quem tem de vencer, o povo que decida", realçou, apontando que confia no sistema de votação da Venezuela.
Maduro, que pediu ainda que as eleições se realizem "de forma democrática", desafiou a oposição a "apresentar a sua candidatura".
A aliança da oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) ainda não nomeou, pelo menos oficialmente, o seu representante às presidenciais, apesar de o antigo candidato presidencial e governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, ser apontado como favorito.
"Tivemos a informação em primeira mão de que há problemas, fortes tensões no seio da oposição e corre o rumor, oxalá não seja assim, relativamente à possibilidade de não apresentarem uma candidatura" às eleições, afirmou Maduro, realçando que tal seria um "grave erro".
Hugo Chávez morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 7 de outubro.
Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo seu vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.
Lusa