“Leonard Cohen morreu durante o sono depois de uma queda a meio da noite”, disse em comunicado Robert B. Kory, agente do cantor.
Leonard Cohen morreu no dia 7 de novembro, aos 82 anos. A morte do músico foi anunciada pelo agente no dia 11, através da página de Facebook, e o funeral aconteceu na véspera em Montreal, numa cerimónia privada.
Nascido a 21 de setembro de 1934 numa família judaica em Montreal (Canadá), Leonard Cohen compôs algumas das músicas mais inesquecíveis das últimas décadas.
Ainda no Canadá licenciou-se em literatura na Universidade McGill, em 1955, e integrou o grupo musical The Buckskin Boys.
Mudou-se para Nova Iorque com uma bolsa para a Columbia Graduate School, e aos 24 anos recebeu outra, do Canada Council, para escrever um livro, o que lhe permitiu viajar para a Europa.
Cohen acompanhou sempre a música com a literatura, a sua grande paixão, que começou aos 16 anos, quando escreveu os seus primeiros poemas.
Publicou o primeiro álbum, "Songs of Leonard Cohen", em 1967, já depois de ter feito trinta anos e de ter revelado a faceta literária, em particular com o livro de poesia "Let us compare mythologies" (1956) e o romance "O Jogo preferido", (1963), editado em Portugal em 2010.
Aos 77 anos, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras pelo "imaginário sentimental" da escrita e da música, justificou o júri.
No mesmo ano, em 2011, foi galardoado com o 9º Prémio Glenn Gould, atribuído de dois em dois anos a artistas que contribuam para enriquecer a condição humana e representem os valores da inovação, inspiração e transformação.
Cohen foi precedido na morte, em julho, por Marianne Ihlen, a norueguesa com quem viveu na ilha grega de Hydra e que inspirou "So Long, Marianne". Numa carta para Ihlen revelada por um amigo, Cohen declarou o seu "amor sem fim" por ela, escrevendo: "Eu acho que vou seguir-te muito em breve."
Com Lusa