Mandela

António Costa lembra Mandela como "um lutador incansável" dos direitos humanos

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa,  António Costa, recordou hoje Nelson Mandela, que morreu quinta-feira, aos  95 anos, na sua residência em Joanesburgo, como um "lutador incansável"  dos direitos humanos e "referência global da liberdade". 

(Reuters)
© Stringer . / Reuters

"Pai da África do Sul democrática, lutador incansável dos Direitos Humanos  e referência global da liberdade, Madiba foi um exemplo de que não há obstáculos  nem barreiras suficientes perante a boa vontade humana de ambicionar a dignidade",  refere o autarca numa nota enviada à Lusa. 

António Costa lembrou ainda que "as dificuldades, os grilhões e o ódio  promovidos ao longo de várias décadas, no período do 'apartheid', não conseguiram  abalar a mais genuína vontade de Nelson Mandela transformar o seu sonho  em realidade: o de uma África do Sul não discriminatória". 

O autarca endereçou as condolências à embaixadora da África do Sul,  bem como à família de Nelson Mandela e ao povo sul-africano.  

Para António Costa, Mandela é "um ícone da democracia no mundo", pois  "demonstrou como é possível concretizar as mudanças necessárias, promovendo  o desenvolvimento sem discriminar nem excluir". 

"Perdemos a sua insubstituível presença, mas não perdemos o seu exemplo.  A forma mais leal de prestarmos tributo a quem tanto nos deu e tanto nos  ensinou, é continuar a dar seguimento às suas lutas, por que as causas que  Mandela travou ao longo da sua vida continuam atuais e há desafios, como  os da dignidade e do progresso, que permanecem e para os quais temos o dever  de continuar a batalhar. Devemos isso a Madiba", defendeu. 

Nelson Mandela, 95 anos, morreu na quinta-feira na sua residência em  Joanesburgo. 

Um dos políticos mais conhecidos e respeitados do mundo, Mandela, também  conhecido como Madiba, esteve preso 28 anos (1962-1990), acusado de sabotagem  e luta armada contra o governo racista da África do Sul e, em 1994, tornou-se  no primeiro presidente negro do país, eleito nas primeiras eleições livres  e multirraciais. 

Mandela, que em 1993 recebeu o Prémio Nobel da Paz juntamente com Frederik  de Klerk, governou a África do Sul até 1999 e tornou-se num dos principais  estadistas do século, como referência na luta contra a segregação racial,  e visto pelos seus compatriotas como o patriarca da "nação do arco-íris".

Lusa