Mandela

Homenagem do Papa pela "construção de uma nova África do Sul"

O Papa prestou hoje homenagem ao ícone anti-"apartheid" Nelson Mandela, que morreu na quinta-feira, por ter "construído uma nova África do Sul", esperando que o exemplo inspire o país a lutar pela "justiça e bem comum".

(Reuters)
© Alessandro Bianchi / Reuters

Num telegrama enviado ao Presidente sul-africano, Jacob Zuma, Francisco  elogiou o "empenho inabalável mostrado por Nelson Mandela na defesa da dignidade  humana para todos os cidadãos da nação e na construção de uma nova África  do Sul com base na não-violência, na reconciliação e na verdade".  

"Rezo para que o exemplo [de Mandela] inspire gerações de sul-africanos  a colocar a justiça e o bem comum à frente das ambições políticas", disse  o papa argentino.  

"Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte... e enviei condolências  e orações a toda a família Mandela, aos membros do governo e a todo o povo  da África do Sul", acrescentou.  

"Peço a Deus que console e dê força a todos os que choram a morte" de  Mandela, sublinhou o papa.  

A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada na quinta-feira  à noite pelo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, motivando de imediato  uma série de reações de pesar provenientes de diversas personalidades e  instituições de vários setores de todo o mundo. 

"A nossa nação perdeu o maior dos seus filhos", disse o Presidente sul-africano,  anunciando que a bandeira sul-africana vai estar a meia-haste a partir de  sexta-feira e até ao funeral, que será de Estado, e cuja data ainda não  é conhecida. 

O Comité Nobel norueguês considerou já Nelson Mandela, que esteve preso  quase trinta anos pela luta contra o regime de "apartheid" da África do  Sul, "um dos maiores nomes da longa história dos prémios Nobel da Paz".

Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul, entre 1994  e 1999.

Lusa