Mandela

Mais de 50 chefes de Estado começam a chegar hoje a Joanesburgo para cerimónias fúnebres de Mandela

Mais de 50 chefes de Estado, entre os quais o Presidente português, Cavaco Silva, confirmaram até agora a sua presença nas cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, que decorrem até domingo, anunciou o governo sul-africano.

© Blair Gable / Reuters

Vários presidentes fazem-se acompanhar por cônjuges, e pelos seus antecessores,  como Barack Obama, que traz no seu avião George W. Bush, e de Dilma Rousseff,  que vai chegar a Joanesburgo com uma comitiva que inclui quatro ex-chefes  de Estado brasileiros: Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney  e Fernando Collor de Melo. 

O Presidente francês, François Hollande, viaja com o homem que derrotou  nas últimas presidenciais, em 20132, Nicolas Sarkozy. 

Cavaco Silva, que deverá chegar na manhã de terça-feira a Joanesburgo  e regressar a Lisboa no final do dia, chefia a comitiva portuguesa, que  integra o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete. 

O herdeiro do trono britânico, Carlos, estará igualmente presente, bem  como o músico Peter Gabriel e outras celebridades, numa cerimónia que será  coberta por mais de dois mil jornalistas de todo o mundo. 

O governo sul-africano reiterou no domingo que não foram enviados convites  para o funeral, conforme "a tradição cultural do país", e associou a presença  de tantos líderes, "em tão pouco espaço de tempo", ao "lugar especial que  Mandela ocupa nos corações das pessoas à volta do mundo". 

O Dalai Lama que, desde 2009, viu por duas vezes recusada a sua entrada  na África do Sul, terá decidido não estar presente, segundo a Agência France  Press, que cita o seu porta-voz. 

Os chefes de Estado começam a chegar hoje a Joanesburgo, cidade de mais  de cinco milhões de habitantes, que se prepara para dias de grande caos.

Muitas estradas serão cortadas, para facilitar o acesso das comitivas  ao estádio FNB, junto ao Soweto, e o governo sul-africano já advertiu que  nem todos conseguirão entrar no recinto, apelando aos residentes das diversas  províncias para evocarem Mandela nas cerimónias organizadas localmente.