A caminho do Mundial: dois estreantes, três baixas de peso e momentos que ficaram para a História
A fase final do Mundial 2018 vai contar com dois estreantes absolutos e 20 repetentes de 2014, o que significa que 12 seleções, entre as quais três pesos pesados - Itália, Holanda e Chile - ficaram de fora. Neste artigo, conheça um pouco melhor os 32 participantes e recorde alguns dos momentos mais marcantes da história dos campeonatos do mundo.
Nota: este artigo foi originalmente publicado a 16 de novembro.
No Rússia 2018, reeditam a presença no Brasil 2014 o próprio conjunto canarinho, único totalista e cinco vezes campeão mundial (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), e a Alemanha, campeã em título e quatro vezes vencedora da prova (1954, 1974, 1990 e 2014).
O Brasil tornou-se pentacampeão mundial em 2002, numa seleção em que brilhavam jogadores como Ronaldo, Ronaldinho ou Roberto Carlos.
THOMAS KIENZLE
A Alemanha é a atual detentora do troféu, depois de derrotar, na final de 2014, a Argentina, por 1-0, já no prolongamento.
Darren Staples
Os bicampeões Uruguai (1930 e 1950) e Argentina (1978 e 1986) e os campeões Inglaterra (1966), França (1998) e Espanha (2010) também selaram o apuramento.
O Uruguai foi o primeiro campeão da história dos Mundiais. Venceu a rival Argentina na final, em Montevideo, por 4-2.
Anonymous
O único título mundial da seleção inglesa foi conquistado em casa, em 1966. Na imagem, o capitão Bobby Moore ergue o troféu Jules Rimet.
Dos anteriores vencedores, só falta a Itália, que arrebatou quatro títulos (1934, 1938, 1982 e 2006) e tinha estado nas últimas 14 fases finais, sendo que só falhara em 1930 (não aceitou convite) e 1958 (falhou qualificação). Vai ficar em casa 60 anos depois.
A Itália foi afastada no play-off pela Suécia, país que, curiosamente, acolheu o último Mundial em que a squadra azurra não havia participado - o de 1958.
Alessandro Garofalo
Em matéria de ausências, destaque ainda para a Holanda, vice-campeã em 1974, 1978 e 2010 e terceira na última edição (2014), e para o Chile, que conta nove presenças, com um terceiro posto em casa (1962), e o estatuto de atual bicampeão sul-americano.
Cruyff era a principal estrela da laranja mecânica vice-campeã mundial em 1974 e 1978. A Holanda foi apenas travada por Alemanha e Argentina, respetivamente.
No que se refere a presenças, e além das seleções campeãs, repetem 2014 a Rússia, qualificada como anfitriã, e ainda Colômbia, Bélgica, Portugal, Suíça, Croácia, México, Costa Rica, Coreia do Sul, Japão, Irão, Nigéria e Austrália.
A seleção iraniana é treinada pelo português Carlos Queiroz desde 2011.
Edgar Su
Em 1986, a Bélgica alcançou a melhor prestação de sempre em campeonatos do mundo. Chegou às meias-finais, onde acabaria por ser eliminada pela campeã Argentina, de Diego Maradona.
Vincenzo Giaco
No Mundial de 1998, a Croácia foi uma das seleções em destaque. Alcançou as meias-finais, onde caiu aos pés da anfitriã França, que conquistaria o título. Na seleção croata brilhavam jogadores como Davor Suker, Dario Šimić ou Robert Prosinečki.
RICK BOWMER
Pelo contrário, e além de Itália, Holanda e Chile, mais nove formações falharam a qualificação, como são os casos de Grécia, Argélia e Estados Unidos, que atingiram os oitavos há quatro anos, e ainda Equador, Bósnia-Herzegovina, Costa do Marfim, Gana, Honduras e Camarões, todas eliminadas na fase de grupos.
O Gana surpreendeu o mundo ao chegar aos quartos de final do Mundial de 2010, na África do Sul. Foi afastado pelo Uruguai no desempate por penáltis, depois de ter desperdiçado uma oportunidade de ouro nos últimos instantes do prolongamento, ao falhar... uma grande penalidade.
Henry Romero
Entre os episódios mais marcantes da história dos Mundiais, vai sempre figurar a épica vitória dos Camarões sobre a então campeã mundial em título, Argentina, na fase de grupos do Itália 1990. A seleção africana chegaria aos quartos de final.
No Mundial de 1958, a Suécia jogava em casa. Um estatuto que lhe permitiu um feito histórico e, até hoje, único na história da seleção nórdica: chegar à final. Lá, caiu aos pés de um Brasil demolidor (5-2), onde brilhava um menino de 17 anos chamado Pelé.
O Peru já não alcançava a fase final de um campeonato do mundo há 36 anos. Antes, em 1970, a equipa sul-americana conseguiu a melhor prestação de sempre, ao alcançar os quartos de final.
Por seu lado, a Islândia, que brilhou na estreia no Euro2016, ao atingir os quartos de final, e o Panamá são estreantes e vão aumentar para 79 o número de participantes em fases finais de campeonatos do mundo.
O Panamá, treinado pelo colombiano Hernán Darío Gómez, vai jogar a fase final de um campeonato do mundo pela primeira vez.
Stringer .
Destaque ainda para o facto de, pela quinta vez e quarta consecutiva, estarem representados os cinco continentes, o que já havia acontecido em 1974, ano em que a Oceania se estreou, por intermédio da Austrália, e que se repete desde 2006.
A seleção australiana tem como melhor registo em Mundiais os oitavos de final no Alemanha 2006.