A manifestação, que começou por volta das 15:00 locais (19:00 de Lisboa) juntou menos pessoas do que o previsto, com cerca de 300 manifestantes a reunire-se numa marcha por uma das vias da Avenida Paulista, na região central de São Paulo.
Nas proximidades da estação do metro Consolação, quando o ato já havia praticamente terminado, um homem, que não se encontrava fardado mas que se identificou como polícia, disparou pelo menos um tiro para o ar, supostamente para tentar dispersar um manifestante que depredava uma lixeira de rua, conforme se pôde ver em imagens transmitidas pela televisão.
Em seguida, a tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo lançou bombas de gás para dispersar os manifestantes, desencandeando correrias e tumultos.
No seu portal na Internet, a Polícia Civil de São Paulo informou que irá investigar se o homem que fez os disparos era, de facto, polícia.
Desde o início, o número de manifestantes era bastante inferior ao dos efetivos policiais e o protesto dispersou-se em seguida.
No Rio de Janeiro, um grupo de cerca de 100 manifestantes caminhou por Copacabana, na zona sul da cidade, bairro onde também está montado o Fan Fest da FIFA.
Os participantes transportavam cartazes com mensagens contra a realização do Mundial e reivindicavam maiores investimentos nas áreas da saúde e educação. O protesto decorreu de forma pacífica, com turistas a tirarem fotografias junto dos manifestantes.
Em Brasília, cidade onde a seleção brasileira enfrentou a formação dos Camarões, manifestantes queimaram uma réplica da Taça do Mundo, a cerca de dois quilómetros do estádio Mané Garrincha, num ato vigiado pela polícia que terminou sem tumultos.
Os protestos ocorridos desde o início do Mundial no Brasil têm tido uma menor dimensão ddo que o esperado, após se terem verificado grandes manifestações durante a Taça das Confederações, em junho de 2013.
Até o momento, os protestos com registo de alguma violência ocorreram em São Paulo
Na quinta-feira, uma manifestação em Pinheiros, bairro na zona oeste paulista, resultou em grandes estragos em duas concessionárias de carros de luxo.
Lusa
